domingo, 16 de novembro de 2014


REINO DE SONHOS

Mateus 16.26 e Daniel 2. 32,33, 3.1, 4.30

Todos nós temos um sonho, e esse sonho é quase sempre o mesmo para todos em todo lugar. Conquistar o mundo está no coração do ser humano desde o princípio. O homem dá a sua vida para alcançar aquilo que ele almeja. Ele quer ser um profissional de sucesso, conquistar fama e fortuna, poder e glória. Ele quer sempre ganhar algo, criar o seu império e mantê-lo a qualquer custo.

É por isso que estudamos tanto, e trabalhamos tanto ao ponto de gastarmos a nossa vida para isso e nada mais. E essa busca desenfreada pelo sucesso não nos faz enxergar aquilo que realmente importa.

O homem tem vendido a sua alma por um reino, uma cidade que leve o seu nome. Não foi assim na história? Alexandria, Cesárea, Filipos, Leningrado, Stalingrado são algumas provas desse anseio. Não importa as consequência diante da possibilidade de se alcançar o que tanto deseja. Nada tem valor, tudo é negociável.

Quando o Senhor Jesus esteve nessa terra, ele foi tentado da mesma forma que cada um de nós somos. Satanás lhe ofereceu todos os reinos desse mundo se o nosso Senhor vendesse a sua alma. Mas Cristo recusou a oferta, enquanto muitos cristãos abraçam o reino do poder, da luxuria, do sexo, das orgias, do prazer, do dinheiro e da fama.

Até que um dia o homem se deparará com as palavras de Mateus 16.26:

Qual o proveito, que lucro, o que adianta ter tudo, se no final eu perdi minha alma.

Na história existiu um rei que agiu como cada um de nós agiria. Ele havia conquistado o mundo inteiro. Tinha um grande império, mas Deus um dia lhe deu um sonho. E de uma forma simples, a revelação desse sonho é que seu império passaria. E sabe qual foi à reação desse rei?  Perpetuar tudo aquilo que ele havia conquistado com tanta luta.

Seu nome era Nabucodonosor. E no seu sonho, aquela grande estátua representava quatro grandes reinos da história passada e futura. Apenas quatro reinos se levantariam desde os seus dias, e o seu era o primeiro. Na imagem da estátua, apenas a cabeça era de ouro, e essa parte representava o reino Babilônico. Mas o interessante disso tudo é que quando esse rei construiu outra estatua para glória de seu nome, toda ela foi feita de ouro. E quando alguém desafiou seu reino a sua reação foi matá-los sem nenhuma dúvida.

Muito dos cristãos agem como esse Rei. Constroem um grande império aqui, mas uma pequena cabana no céu. Querem uma boa profissão, uma carreira de sucesso, mas não querem ser missionários. Os pais querem que seus filhos se tornem um grande empresário, mas não um ministro fiel do evangelho. E tudo isso para garantir seu futuro nessa terra e viverem bem acomodados em seus castelos.

O quanto do dinheiro que você possui significa o quanto do mundo você tem.

Mas o que não sabemos, ou não queremos saber é que não podemos perpetuar o nosso império. Assim como Nabucodonosor, nós não temos nenhum controle sobre ele. O futuro sempre será obscuro para todos que tem suas mentes no que é terreno.

 Mas há um império que é eterno e nunca se abalará.  E esse império é prometido a todos os que desejam tê-lo. Para se ter esse império é preciso investir somente nele. E aquele que investe nele o seu futuro é certo.

E esse reino é o reino de Deus Pai e do seu Cristo.

Tudo o que seus súditos sonham, tem que ser para estabelecer esse reino e não o seu próprio. Se ele for um médico, ele o será para estabelecer esse reino. Se for um advogado, ele o será para estabelecer esse reino.

Nenhum homem será uma estátua inteira. O Maximo que ele pode ser é ma cabeça de ouro. E diante desse fato há duas tragédias neste mundo que de um lado ou de outro, tem levado muitos, principalmente jovens a tirar suas próprias vidas.

Primeiro. Desejar ardentemente algo e nunca conseguir obter o que deseja.
Segundo. Finalmente conseguir tudo o que sonhou.
Alexandre, o grande, aquele que representa o ventre e os braços da estátua de Nabucodonosor era um jovem que tinha um sonho. E seu sonho era conquistar o mundo. Ele iniciou essa busca com dezoito anos, e em cinco anos ele conquistou toda a terra. Aos 33 anos, Alexandre era o senhor do mundo.

Mas o interessante é que um dia seus generais se viram numa cena muito estranha. Eles se depararam com Alexandre, o senhor do mundo chorando em sua tenda, e lhe perguntaram o motivo. A resposta daquele grande imperador é comum a todas as respostas daqueles que chegaram lá.

Agora eu não tenho mais nada para conquistar.

Para ele foi uma grande tragédia descobrir esse fato. Há um desejo ardente e intenso dentro de cada um de nós. E pensamos que esse mundo e o que ele oferece poderão supri-lo. Mas nunca ele nos satisfará. Nenhum pecado tem esse poder, e a prova é repeti-lo sempre, e de uma forma mais profunda. Sempre o ser humano irá querer mais daquilo que conquistou. E quando ele alcança o pico do sucesso às duras penas verá que sempre haverá outro muito mais alto. Tudo será inútil diante da sede de sua alma.

Todos os impérios desse mundo passarão, inclusive o seu. Mas o reino do Senhor Jesus nunca passará. E para obtê-lo basta negar a si mesmo. Negar sonhos, poder, glória, prazer, sucesso tomar a sua cruz e seguir o mestre. Ele rejeitou um império passageiro por um eterno. Ele preferiu perder sua vida nesse mundo para achá-la na glória de seu Pai.

No auge de sua vida Alexandre o grande morreu. Mas antes de morrer ele fez um pedido. Ele pediu um esquife de modo que suas mãos ficassem para fora. E mandou dizer a todos que ele, Alexandre, veio para esse mundo de mãos vazias, e depois de ter conquistado o mundo inteiro, sairia dele com as mãos vazias.

O que adianta guardar aquilo que com certeza perderá? Todo o fruto de nosso labor um dia será perdido. O que adiantará ganhar o mundo inteiro, mas perder sua alma.

Um jovem chamado Jim Elliot largou tudo para estabelecer o reino de Cristo em meio aos índios da Amazônia. Antes de morrer ele disse que “não é tolo aquele que perde o que não pode guardar, para ganhar aquilo que não pode perder.

Soli Dio Gloria

Silas Portela Carvalho

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