domingo, 26 de julho de 2015

O fascínio pelos resultados

Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos nele. Jer. 6.16

A igreja hoje caminha rumo a um futuro desastroso. Em alguns anos veremos o resultado de toda essa nova metodologia que nos foi inculcada como o santo evangelho, metodologia que direciona a grande parte dos ministérios no mundo. Eu fico pensando se os discípulos do primeiro século fossem guiados por esse método, o que aconteceria? Na verdade os expoentes dessa nova visão de ministério dirão que eles estavam debaixo dessa metodologia. Mas eles estão muito longe da verdade se pensam que a igreja primitiva era fascinada por resultados.

Eles labutavam para que a igreja crescesse. Havia um grande trabalho em plantar e regar, mais o crescimento eram um trabalho que só vinha de Deus, fato que os discípulos sabiam muito bem. Era Deus quem acrescentava os números de salvos à igreja, não esforços humanos em campanhas evangelísticas, onde induzidos por músicas, pregação emocionalista, apelação a conversão, os perdidos levantam suas mãos e caminham à frente para sua própria perdição.

Tornamo-nos escravos de um método escravizador e assassino. Ele oprime e nos distância dos desígnios de Deus, e logo mata a igreja que assim segue esse caminho. Olhe a história, ela te contará o fim de igrejas que começaram pelo Espírito e terminaram pela carne. Tiveram seu inicio no agir de Deus que fazia a igreja crescer debaixo de uma confiança na simplicidade e na pura pregação do evangelho, e como padeceram quando métodos humanos de evangelismo e avivamentos adentraram os círculos, antes bíblicos, mas agora modernistas.

A igreja que se adéqua a modernidade menosprezando as antigas doutrinas da graça, do evangelismo e do avivamento, não cresce, antes incha, e logo, como um corpo em decomposição, explodirá em detritos podres. Essa é uma triste realidade para aqueles que conhecem a vontade de Deus para sua igreja. Realidade que caminha para destruição se não fosse pela misericórdia do Senhor em guardar seus remanescentes. Graças a Ele que predestinou à igreja verdadeira para Cristo, e o Espírito Santo com todo o seu cuidado e zelo, está preparando uma noiva gloriosa, não uma prostituta que mostra as suas vergonhas por qualquer assédio do modernismo de nossos dias.

Nós não precisamos de caminhos modernos, o que precisamos é do velho caminho, aquele que é antiquado mais gera verdadeiros discípulos. Aquele caminho antigo que lança a sua semente em boa terra, e não espalha o evangelho, baseado no livre arbítrio humano, em solo pedregoso, a beira do caminho ou entre espinhos. Precisamos do evangelho da graça, pregado e vivido em sua pureza. Precisamos basear nosso ministério nos cinco solas, nas confissões históricas, nos cinco pontos dos calvinistas, que extraíram suas doutrinas das páginas da bíblia e da sua fiel interpretação.

Por que caminhamos da forma destrutiva que caminhamos? É culpa de Agostinho, Lutero, Calvino, os Puritanos ou Spurgeon? Creio firmemente em meu coração, que se a igreja ainda estivesse firmada na doutrina que esses gigantes da fé, esquecidos e odiados, criam e pregava, a situação da igreja seria outra. Por que estamos como estamos? Não seria por termos nos distanciado dessas doutrinas centrais, colocando no lugar um arminianismo ralo que nem se iguala, pelo menos, a escola de Wesley, mas muito mais, como Fineyanos, implantam uma nova metodologia impregnada do secularismo, mundanismo e heresias.


Seria essa volta hoje, principalmente dos jovens, para as antigas veredas, um mal para a igreja? Muitos moderninhos estão achando que sim. Estão com suas orelhas em pé, alarmados com a ação de Deus nesses últimos dias para com seu remanescente na terra. Que Ele levante mais Spurgeons, Lloyd-Jones e Edwards nesses dias. A igreja precisa voltar aos caminhos antigos, e tomara que seja em meus dias e que eu seja um deles, um fiel ministro do evangelho que luta pela verdade para que a heresia de minha mocidade não se torne ortodoxia na minha velhice.

Soli Deo Gloria

Silas Carvalho