quarta-feira, 29 de outubro de 2014




A TEOLOGIA PRAGMÁTICA DE CHARLES FINNEY E A S CONSEQUÊNCIAS PARA O EVANGELHO

 SILAS PORTELA CARVALHO



INTRODUÇÃO


O termo Pragmatismo traz a noção de que o significado ou o valor considerado é determinado por conseqüências práticas. De outra forma, significa a crença de que se algo funciona ou dá resultados, então deve ser apoiado e aceito.

O Pragmatismo segundo (MACARTHUR Jr., 2004) tem sua origem na filosofia de William James que deu nome e molde à nova filosofia e publicou uma coleção de preleções intitulada Pragmatismo: uma nova nomenclatura para algumas velhas formas de pensar, e ainda tem suas raízes no Darwinismo e no Humanismo secular. Trata-se de uma postura filosófica inerentemente relativista, isto é, rejeita qualquer noção de absolutos – certo e errado, bem e mal, verdade e erro. Em última análise, o Pragmatismo define a verdade como aquilo que é útil, significativo e benéfico. As idéias que não parecem úteis ou relevantes são rejeitadas como sendo falsas.

Segundo Francis Schaeffer citado por Augustus Nicodemus Lopes, o pragmatismo é um sistema de pensamento que faz das conseqüências práticas de uma crença o critério supremo da sua verdade. Portanto, a verdade é caracterizada por aquilo que funciona.

Até esse ponto não há nada de errado com essa nova filosofia, pois em muitas áreas de nossas vidas, o pragmatismo é essencial, por exemplo, como descreve (MACARTHUR Jr., 2004): uma torneira que vazava constantemente volta a funcionar após ter sido substituída. Portanto, aquilo que não funcionava como deveria teve que ser trocado por algo que realmente funcione. Este é o pragmatismo em movimento.

O problema do Pragmatismo com respeito ao Evangelho é que, se ao utilizá-lo para formular juízos acerca do certo e errado e baseá-lo como o norteador da vida, da Teologia, de missões, do ministério, ele irá, cedo ou tarde, colidir frontalmente com a Bíblia, como conclui (MACARTHUR Jr., 2004). Na verdade aquilo que o Pragmatismo mais valoriza são as técnicas, os métodos, aquilo que pode gerar resultados, então a conclusão é a de que, se algum principio ou verdade do Evangelho não está gerando um resultado rápido, será substituído.

As escrituras não têm como base aquilo que funciona ou não funciona, mas sempre aquilo que é necessário para o ser humano e muitas vezes aquilo que é necessário não tem resultado rápido, prático ou esperado.

No entanto, a realidade da Igreja atual encontra-se totalmente desvirtuada do Evangelho de Cristo, e baseada no pragmatismo filosófico humanista. Hoje, ela está obcecada pelos resultados independentemente dos métodos que são empregados. E nesses dias a pergunta que mais se ouve nas igrejas não é se aquilo que faço está de acordo com a Bíblia, mas se realmente funciona.

É neste contexto que se insere o pensamento de Charles Finney, um avivalista do século XIX que introduziu na Igreja Protestante doutrinas contestáveis e a idéia de que o importante é o resultado; o quê resulta em certo tem a aprovação de Deus. Essa nova maneira de pensar dentro do Cristianismo trouxe uma séria alteração na noção da cristandade, gerando sérias conseqüências para as novas gerações.

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