ROMANOS 5.8
Deus nos prova naquilo que mais
amamos. Aquilo que cativa o nosso coração e que rouba nossa atenção, é o alvo
que Ele usa para nos provar. E nessa questão de provação, quase sempre usamos
os mesmos exemplos para nos ensinar e moldar nossas vidas. Abraão e sua experiência,
José e seu sofrimento, o rei Davi e seus problemas familiares nos ensinam
muito, mas o maior exemplo de provação não são esses grandes homens, e sim o
próprio Deus. Ele deu aquilo que mais amava. Abriu mão de algo que era o seu
amor maior.
A Bíblia nos diz que onde estiver o seu
tesouro, ali estará o seu coração. O tesouro de Deus Pai era seu filho. Era em
Jesus que o seu coração estava. Ele o amava imensuravelmente e se deleitava nEle.
Mas havia um sério problema: Deus também nos amava com um grande amor. De um
lado estava um filho que o agradava em tudo, mas de outro estava filhos
rebeldes como nós que o entristecia. E Deus Pai tinha o maior dos dilemas:
Entregar o seu filho amado em
resgate de pecadores para ser morto de uma forma terrível, ou tê-lo em sua
comunhão, e assim, justamente ver esses pecadores caminharem para o inferno. E
Ele não deixaria de ser Deus se deixasse o homem em seu estado de condenação e
preservasse o seu filho da cruz. Ele continuaria sendo Santo, Justo, perfeito,
eterno e onipotente. Ele continuaria a ser Deus, digno de louvor e adoração.
Mas a bíblia revela que Deus é
amor. Não é porque Ele ama que se tornou amor. Por Ser amor, Ele ama. Essa é a
Sua natureza, o seu Ser e sua essência. E se Deus é amor, Ele tem que
demonstrar esse amor, não por obrigação ou como se precisasse provar alguma
coisa, mas a questão é que Ele queria expressar o que Ele é para todo o
universo.
E nós, os rebeldes, ingratos,
pecadores e blasfemos fomos escolhidos para que Deus revelasse a si mesmo. Deus
é amor fala de sua natureza, Deus amou o mundo fala de sua ação. E o amor em
ação é graça. Um Deus gracioso é o amor agindo. Ele poderia nos deixar ir para
o inferno, mas então ele não seria amor. Mas também não poderia deixar de
julgar o pecado, senão Ele não seria justiça. E como Ele resolveu esse
problema? É o que está escrito em Romanos 5.8. Ele deu aquilo que tinha de mais
precioso. Ele abriu mão de seu tesouro. Por ser Justo e nos amar tanto, Ele nos
deu seu filho. Por ser justo, Ele teve que julgar o pecado e o julgou na cruz.
Por ser amor Ele teve que suportar o pecado do homem, e Ele nos substituiu na
cruz.
Deus julgou
o pecado porque é justo
e sofreu o julgamento porque é amor.
Essa foi à maior prova de amor
possível. Nenhuma história de amor já relatada no romantismo se compara a isso.
Alguém poderia demonstrar grande amor por alguém que mereça, mas nunca por
alguém que não mereça. E quem disse que Deus não conhece o que sentimos diante
de uma provação? Ele foi provado. Não somente o Deus homem sentiu o que nós
sentimos quando somos provados, mas o próprio Deus Pai conhece por experiência
o que passamos.
Ele viveu o que o que nós vivemos
e provou o seu amor passando pela prova quando deu o seu tesouro por alguém que
ainda era blasfemo e pecador. Eu nunca falarei com autoridade sobre aquilo que
nunca vivi. Mas Deus viveu o que muitas das vezes passamos. Ele sabe o que é
sofrer, sentir dor e chorar diante de uma prova, porque ele passou por tudo
isso.
Portanto, não julgue o seu Deus
diante da provação mais difícil, lembre-se que Ele também passou e tinha um
supremo propósito nela: a sua salvação.
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