segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

ROMANOS 5.8



Deus nos prova naquilo que mais amamos. Aquilo que cativa o nosso coração e que rouba nossa atenção, é o alvo que Ele usa para nos provar. E nessa questão de provação, quase sempre usamos os mesmos exemplos para nos ensinar e moldar nossas vidas. Abraão e sua experiência, José e seu sofrimento, o rei Davi e seus problemas familiares nos ensinam muito, mas o maior exemplo de provação não são esses grandes homens, e sim o próprio Deus. Ele deu aquilo que mais amava. Abriu mão de algo que era o seu amor maior.


A Bíblia nos diz que onde estiver o seu tesouro, ali estará o seu coração. O tesouro de Deus Pai era seu filho. Era em Jesus que o seu coração estava. Ele o amava imensuravelmente e se deleitava nEle. Mas havia um sério problema: Deus também nos amava com um grande amor. De um lado estava um filho que o agradava em tudo, mas de outro estava filhos rebeldes como nós que o entristecia. E Deus Pai tinha o maior dos dilemas:

Entregar o seu filho amado em resgate de pecadores para ser morto de uma forma terrível, ou tê-lo em sua comunhão, e assim, justamente ver esses pecadores caminharem para o inferno. E Ele não deixaria de ser Deus se deixasse o homem em seu estado de condenação e preservasse o seu filho da cruz. Ele continuaria sendo Santo, Justo, perfeito, eterno e onipotente. Ele continuaria a ser Deus, digno de louvor e adoração.

Mas a bíblia revela que Deus é amor. Não é porque Ele ama que se tornou amor. Por Ser amor, Ele ama. Essa é a Sua natureza, o seu Ser e sua essência. E se Deus é amor, Ele tem que demonstrar esse amor, não por obrigação ou como se precisasse provar alguma coisa, mas a questão é que Ele queria expressar o que Ele é para todo o universo.

E nós, os rebeldes, ingratos, pecadores e blasfemos fomos escolhidos para que Deus revelasse a si mesmo. Deus é amor fala de sua natureza, Deus amou o mundo fala de sua ação. E o amor em ação é graça. Um Deus gracioso é o amor agindo. Ele poderia nos deixar ir para o inferno, mas então ele não seria amor. Mas também não poderia deixar de julgar o pecado, senão Ele não seria justiça. E como Ele resolveu esse problema? É o que está escrito em Romanos 5.8. Ele deu aquilo que tinha de mais precioso. Ele abriu mão de seu tesouro. Por ser Justo e nos amar tanto, Ele nos deu seu filho. Por ser justo, Ele teve que julgar o pecado e o julgou na cruz. Por ser amor Ele teve que suportar o pecado do homem, e Ele nos substituiu na cruz.

Deus julgou o pecado porque é justo 
e sofreu o julgamento porque é amor.

Essa foi à maior prova de amor possível. Nenhuma história de amor já relatada no romantismo se compara a isso. Alguém poderia demonstrar grande amor por alguém que mereça, mas nunca por alguém que não mereça. E quem disse que Deus não conhece o que sentimos diante de uma provação? Ele foi provado. Não somente o Deus homem sentiu o que nós sentimos quando somos provados, mas o próprio Deus Pai conhece por experiência o que passamos.

Ele viveu o que o que nós vivemos e provou o seu amor passando pela prova quando deu o seu tesouro por alguém que ainda era blasfemo e pecador. Eu nunca falarei com autoridade sobre aquilo que nunca vivi. Mas Deus viveu o que muitas das vezes passamos. Ele sabe o que é sofrer, sentir dor e chorar diante de uma prova, porque ele passou por tudo isso.

Portanto, não julgue o seu Deus diante da provação mais difícil, lembre-se que Ele também passou e tinha um supremo propósito nela: a sua salvação.


Soli Deo Gloria

SPC

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