quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

IGREJA MISTICA, EVANGELHO MISTICO



Desde que existe o homem, existe a magia. No jardim, em meio à inocência ela se apresentou na forma de uma serpente, quando satanás usou algo mágico para surpreender e enganar a mulher. Daí para cá, ela evolui entre os primeiros povos, nas religiões de mistérios, e na forma mais terrível se vestindo com uma capa cristã.

No inicio, a magia era o esforço do homem em controlar as forças da natureza, ou em apaziguar as divindades fazendo com que essas fossem favoráveis aos mesmos. Era também empregada no ritual de cura, na fertilidade, na guerra e agricultura. Esse misticismo ritualístico já era bem forte nos dias da recém formada nação de Israel, sendo esta proibida por YAWEH quando em DT 18. 10 a 14 foi dada a lei que os defendia dos costumes dos povos vizinhos.


Neste texto a palavra chave é adivinhador, aquele que faz aparecer, que levanta espíritos, que pratica adivinhação. No grego a palavra feiticeiro, pharmakos, significa aquele que encanta, o sussurrador. A magia era um rival em potencial a adoração a Deus e o bem estar do povo de Israel. Ela estava estritamente ligada aos sacrifícios humanos e por isso era uma terrível abominação diante do Senhor, e quem a praticasse era exterminado do meio do povo para não contaminá-lo.

E desde o surgimento do povo que Deus escolheu e chamou, a magia se fez presente, ou nascendo de dentro ou sendo importada. Ela ganhou maior expressão nos dias de Acabe e Jezabel, sendo essa abolida pelo rei Josias, neto do místico rei Manassés. Nos dias do profeta Ezequiel a situação da nação de Israel era lastimável por causa do misticismo.

A magia é sedutora porque ela “pode manipular” forças sobrenaturais para que a pessoa possa atingir seus propósitos. “Pode ser um meio de dobrar” os espíritos para fazê-los cumprir as vontades e desejos de quem as invoca, ou desenvolver poderes psíquicos ao ponto de ela poder projetar uma força interior sobre alguma outra pessoa ou situação.

Isso acontecia por meio da invocação, ou encanto, pronunciando palavras segundo uma determinada fórmula que no inicio era assim conhecida:

Conclamo-te, convoco-te, vem a mim, ajuda-me... 
(citava-se o nome da divindade invocada).

Mas recentemente a convocação ganhou o termo conjurar, isto é, obrigar os espíritos por invocação. Essas conjurações são feitas através de determinadas rituais, sendo essas primordiais para o sucesso em alcançar o favor divino. Os profetas de Baal e Asera tinham suas fórmulas, rituais, regras e sacrifícios para invocar seus deuses. E o fato deles os invocarem diante do profeta Elias e do povo de Israel é a prova que esses eram atendidos quando as usavam.

Mas o que assombra hoje em dia é esse tipo de misticismo sendo usado dentro das igrejas e as pessoas acharem que estão diante do sagrado, quando estão diante de uma abominação. Seria possível a igreja está permeado pelo misticismo em pleno século 21, com tantas informações disponíveis? A resposta depende de uma simples analise das reuniões na igreja brasileira. Como são os cultos? Depende de alguma fórmula para se alcançar um fim? Seria a música, os cânticos, e as pregações rituais para dobrar a Deus ou manipular pessoas?

Se tudo não depender da fé exclusivamente, é com algo místico que nos deparamos. As campanhas são o esforço humano para ver, tocar e sentir algo que segundo a bíblia não pode ser visto, sentido ou tocado. A igreja não caminha pelo o que se pode ver, mas pela fé. As correntes de 7 dias para se alcançar o favor divino, ou a campanha dos 21 dias de Daniel não seria misticismo, aquela antiga forma usada pelas religiões Sumérias, Babilônicas, Egípcias e Cananéia, para dobrarem seus deuses?

Enfincar estacas, ungir pessoas, participar da fogueira santa, ou da oração dos 318 homens de Deus, orações em montes, queimar pedidos de oração, copos de água sobre a TV, atos proféticos, ou qualquer outro artifício, não seria uma abominação segundo a própria bíblia, se isso for feito para se alcançar algo de Deus? Diante disso, não é a igreja Brasileira mística, como místico é o brasileiro? Somos descendentes de portugueses, africanos, e índios, povos extremamente místicos. E hoje colhemos o fruto das nossas origens, perpetuando seus erros, apenas mudando de religião. Antes era o catolicismo, umbanda ou a religião xamânica. Hoje é assembléia, batista, presbiteriana, metodista ou outra denominação qualquer.

O cristianismo verdadeiro não é místico. A igreja verdadeira não é mística. O Deus da verdadeira igreja é soberano. Ele faz o que quer, quando quer, onde quer, e com quem ele quiser. Quando se usa rituais, sendo uma simples repetição de uma oração que Deus ouviu, ou o uso de um amuleto para gerar fé em uma pessoa, tendo ele a função de se alcançar o favor de Deus, isso é paganismo, uma tentativa de tornar Yaweh manipulável como os outros deuses, domesticado como um cão.

Elias não tinha uma fórmula quando desafiou aqueles sacerdotes de baal e asera. Não se vê o profeta repetindo aquilo que ele fez naquele monte, em outro lugar. Todos os verdadeiros homens de Deus que foram usados agiram de uma forma totalmente espontânea, sendo isso nunca relatado antes, e nem repetido depois. Nunca se tornou a usá-los novamente. Quando se repete algo, que de uma forma simples e espontânea foi feito para que a divindade novamente, forçado pela fórmula mágica, aja como agiu antes, estamos diante do paganismo, e não do cristianismo.

Não se repete algo feito espontaneamente. Não se pode domesticar a visitação de Deus. Não se pode repetir com fórmulas, os avivamentos, as curas, ou a salvação. A visitação de Deus não pode ser manipulada, muito menos controlada por artifícios ritualísticos. As visitações de Deus na história sempre foram surpreendentes. Ele visitou pessoas e lugares sem expressão nenhuma. Quando ele se manifesta sempre surpreenderá, inclusive aqueles que sempre esperavam. A única forma bíblica para sua manifestação é oração, fé e perseverança, sendo essas coisas não uma certeza, mas o principio para que Ele nos visite.

Mas a fé se converte em magia, quando aquele que ora assegura-se da realização automática do que se pede, através de rituais, formulas magicas e sacrifícios. Não se tenta coagir o Deus do universo a fazer o que você deseja com campanhas.

Um dia eu estava observando como um pseudo apóstolo juntamente com uma bispa oravam. Era uma oração de manipulação, pois, eles oravam como se estivessem chorando, com lagrimas ou sem lágrimas. Isso é manipulação. É se colocar numa posição de coitado para sensibilizar o coração de Deus. Parece ser algo simples e inocente, mas é misticismo.

Como Deus pode se fazer presente em uma reunião onde rituais místicos são feitos para se alcançar aquilo que o povo e seus lideres querem? Antigamente nos rituais pagãos, e ainda hoje nas religiões de mistério, sacrifícios são feitos para agradar a divindade e receber suas bênçãos, e isso não é muito diferente do meio evangélico. O mesmo principio do sacrifício é usado, sendo que lá era sangue derramado, mas aqui é dinheiro, fé, ou perseverança nas campanhas sendo oferecido.
Pode Deus estar presente nesse tipo de culto, onde o povo, juntamente com seus lideres tem um único pensamento que é domesticar a Deus, O obrigando a fazer e satisfazer seus desejos carnais? Eu tenho minhas duvidas! Deus não se faz presente quando os pharmakós bradam dos púlpitos manipulando o povo e tentando manipular o Criador dos céus e da terra.

Os sussurradores estão nas igrejas, estão nas campanhas, no rádio ou na televisão; misturando suas poções, fazendo mandingas, criando rituais, mistificando o sagrado e consagrando o abominável. Eles estão à espreita para enganar e enfeitiçar aqueles que procuram satisfazer seu amor por si mesmo.

Conheça o Deus que você serve, porque conhecendo se terá a revelação que Ele não é empregado de ninguém. Nada pode obrigá-lo a fazer o que Ele não quer fazer. Sabe por quê? Porque Ele é tão grande que não pode caber na sua caixinha.  Ninguém será inocente diante de Deus naquele dia. Todos serão indesculpáveis diante Dele, mesmo aqueles que foram enganados, porque nesse mundo místico não há inocentes, só culpados.

Portanto, Deus envia sobre eles plena força da ilusão do maligno, para que confiem em uma fraude completa e enfrentem o inevitável julgamento de todos os que se recusam a crer na verdade e têm prazer no mal.
II tessalonicenses.

Soli Deo Gloria
spc

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