quarta-feira, 29 de outubro de 2014


O PRAGMATISMO NA PREGAÇÃO

 
Antes de sua conversão, FINNEY não teve nenhuma influência cristã; o resultado foi a sua ignorância com respeito à Bíblia e à Teologia, e um dos seus principais erros foi decidir seguir o ministério após a conversão sem ter nenhum preparo.

Os seus estudos de Direito lhe deram uma boa idéia sobre lógica, por isto, em seus debates teológicos, saía sempre vitorioso, mas não por causa de seus conhecimentos bíblicos, e sim por causa de seu raciocínio lógico. A base de toda a sua teologia não foi extraída das escrituras, mas dos seus estudos jurídicos; os assuntos principais do Evangelho como as noções de justiça, culpa, transgressão, perdão, responsabilidade, soberania e uma série de outros assuntos, advinham de outra fonte, desvirtuada das fontes da verdade pregada até seus dias.

FINNEY abandonou a teologia bíblica da evangelização que dependia exclusivamente da obra interior do Espírito Santo, na conversão do pecador, e, em suas pregações, inovou declarando que o homem era o próprio responsável pela sua conversão, isto é, a decisão não dependia do trabalho do Espírito Santo, trazendo uma confirmação de um novo nascimento, mas somente do homem.

Com seu discurso inovador e eloqüente, arrebatava multidões, e onde ministrava, as evidências imediatas e exteriores do avivamento perseguiam sua caminhada. Ele assistia ao resultado rápido e estrondoso dessa nova metodologia, entendendo-o como a aprovação divina, e isto lhe dava a segurança de que tinha redescoberto a teologia bíblica do evangelismo.

Enquanto a sua reputação se espalhava por todo o país, Charles defendia de forma convincente as suas novas doutrinas e desafiava, com arrogância e atrevimento, as doutrinas convencionais. Não se limitava a lugares e espaços reduzidos, buscava lugares amplos, onde se reuniam grupos para ouví-lo, impactados com suas pregações empolgantes.

 

Ali estava um jovem pregador, com apenas dois anos de ministério e quatro anos de conversão, sem qualquer tradição a apoiá-lo e nenhuma experiência de pregação, exceto como missionário do interior, tomando, de repente, as igrejas de assalto. Ele era naturalmente extravagante em suas afirmações, arrogante e ríspido em suas colocações, dependendo mais do atormentar os sentimentos das pessoas do que comovê-las com um terno apelo. (WARFIELD, 1932)

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