IGREJA MISTICA, EVANGELHO MISTICO
Desde que existe o homem, existe a magia. No jardim, em meio à
inocência ela se apresentou na forma de uma serpente, quando satanás usou algo
mágico para surpreender e enganar a mulher. Daí para cá, ela evolui entre os
primeiros povos, nas religiões de mistérios, e na forma mais terrível se
vestindo com uma capa cristã.
No inicio, a magia era o esforço do homem em controlar as
forças da natureza, ou em apaziguar as divindades fazendo com que essas fossem
favoráveis aos mesmos. Era também empregada no ritual de cura, na fertilidade, na guerra e agricultura. Esse misticismo ritualístico já era bem forte nos dias da
recém formada nação de Israel, sendo esta proibida por YAWEH quando em DT 18.
10 a 14 foi dada a lei que os defendia dos costumes dos povos vizinhos.
Neste texto a palavra chave é adivinhador, aquele que faz
aparecer, que levanta espíritos, que pratica adivinhação. No grego a palavra
feiticeiro, pharmakos, significa aquele que encanta, o sussurrador. A magia era
um rival em potencial a adoração a Deus e o bem estar do povo de Israel. Ela
estava estritamente ligada aos sacrifícios humanos e por isso era uma terrível
abominação diante do Senhor, e quem a praticasse era exterminado do meio do
povo para não contaminá-lo.
E desde o surgimento do povo que Deus escolheu e chamou, a
magia se fez presente, ou nascendo de dentro ou sendo importada. Ela ganhou
maior expressão nos dias de Acabe e Jezabel, sendo essa abolida pelo rei
Josias, neto do místico rei Manassés. Nos dias do profeta Ezequiel a situação
da nação de Israel era lastimável por causa do misticismo.
A magia é sedutora porque ela “pode manipular” forças
sobrenaturais para que a pessoa possa atingir seus propósitos. “Pode ser um
meio de dobrar” os espíritos para fazê-los cumprir as vontades e desejos de
quem as invoca, ou desenvolver poderes psíquicos ao ponto de ela poder projetar
uma força interior sobre alguma outra pessoa ou situação.
Isso acontecia por meio da invocação, ou encanto,
pronunciando palavras segundo uma determinada fórmula que no inicio era assim
conhecida:
Conclamo-te,
convoco-te, vem a mim, ajuda-me...
(citava-se o nome da divindade invocada).
Mas recentemente a convocação ganhou o termo conjurar, isto
é, obrigar os espíritos por invocação. Essas conjurações são feitas através de
determinadas rituais, sendo essas primordiais para o sucesso em alcançar o
favor divino. Os profetas de Baal e Asera tinham suas fórmulas, rituais, regras
e sacrifícios para invocar seus deuses. E o fato deles os invocarem diante do
profeta Elias e do povo de Israel é a prova que esses eram atendidos quando as
usavam.
Mas o que assombra hoje em dia é esse tipo de misticismo
sendo usado dentro das igrejas e as pessoas acharem que estão diante do
sagrado, quando estão diante de uma abominação. Seria possível a igreja está
permeado pelo misticismo em pleno século 21, com tantas informações disponíveis?
A resposta depende de uma simples analise das reuniões na igreja brasileira. Como
são os cultos? Depende de alguma fórmula para se alcançar um fim? Seria a
música, os cânticos, e as pregações rituais para dobrar a Deus ou manipular
pessoas?
Se tudo não depender da fé exclusivamente, é com algo místico
que nos deparamos. As campanhas são o esforço humano para ver, tocar e sentir
algo que segundo a bíblia não pode ser visto, sentido ou tocado. A igreja não
caminha pelo o que se pode ver, mas pela fé. As correntes de 7 dias para se alcançar
o favor divino, ou a campanha dos 21 dias de Daniel não seria misticismo,
aquela antiga forma usada pelas religiões Sumérias, Babilônicas, Egípcias e Cananéia,
para dobrarem seus deuses?
Enfincar estacas, ungir pessoas, participar da fogueira
santa, ou da oração dos 318 homens de Deus, orações em montes, queimar pedidos
de oração, copos de água sobre a TV, atos proféticos, ou qualquer outro artifício,
não seria uma abominação segundo a própria bíblia, se isso for feito para se
alcançar algo de Deus? Diante disso, não é a igreja Brasileira mística, como místico
é o brasileiro? Somos descendentes de portugueses, africanos, e índios, povos
extremamente místicos. E hoje colhemos o fruto das nossas origens, perpetuando
seus erros, apenas mudando de religião. Antes era o catolicismo, umbanda ou a
religião xamânica. Hoje é assembléia, batista, presbiteriana, metodista ou
outra denominação qualquer.
O cristianismo verdadeiro não é místico. A igreja verdadeira
não é mística. O Deus da verdadeira igreja é soberano. Ele faz o que quer,
quando quer, onde quer, e com quem ele quiser. Quando se usa rituais, sendo uma
simples repetição de uma oração que Deus ouviu, ou o uso de um amuleto para
gerar fé em uma pessoa, tendo ele a função de se alcançar o favor de Deus, isso
é paganismo, uma tentativa de tornar Yaweh manipulável como os outros deuses,
domesticado como um cão.
Elias não tinha uma fórmula quando desafiou aqueles sacerdotes
de baal e asera. Não se vê o profeta repetindo aquilo que ele fez naquele monte,
em outro lugar. Todos os verdadeiros homens de Deus que foram usados agiram de
uma forma totalmente espontânea, sendo isso nunca relatado antes, e nem
repetido depois. Nunca se tornou a usá-los novamente. Quando se repete algo, que de uma forma simples e espontânea
foi feito para que a divindade novamente, forçado pela fórmula mágica, aja como
agiu antes, estamos diante do paganismo, e não do cristianismo.
Não se repete algo feito espontaneamente. Não se pode
domesticar a visitação de Deus. Não se pode repetir com fórmulas, os avivamentos,
as curas, ou a salvação. A visitação de Deus não pode ser manipulada, muito
menos controlada por artifícios ritualísticos. As visitações de Deus na
história sempre foram surpreendentes. Ele visitou pessoas e lugares sem
expressão nenhuma. Quando ele se manifesta sempre surpreenderá, inclusive
aqueles que sempre esperavam. A única forma bíblica para sua manifestação é
oração, fé e perseverança, sendo essas coisas não uma certeza, mas o principio
para que Ele nos visite.
Mas a fé se converte em magia, quando aquele que ora
assegura-se da realização automática do que se pede, através de rituais, formulas
magicas e sacrifícios. Não se tenta coagir o Deus do universo a fazer o que você
deseja com campanhas.
Um dia eu estava observando como um pseudo apóstolo
juntamente com uma bispa oravam. Era uma oração de manipulação, pois, eles
oravam como se estivessem chorando, com lagrimas ou sem lágrimas. Isso é
manipulação. É se colocar numa posição de coitado para sensibilizar o coração
de Deus. Parece ser algo simples e inocente, mas é misticismo.
Como Deus pode se fazer presente em uma reunião onde rituais místicos
são feitos para se alcançar aquilo que o povo e seus lideres querem?
Antigamente nos rituais pagãos, e ainda hoje nas religiões de mistério, sacrifícios
são feitos para agradar a divindade e receber suas bênçãos, e isso não é muito
diferente do meio evangélico. O mesmo principio do sacrifício é usado, sendo
que lá era sangue derramado, mas aqui é dinheiro, fé, ou perseverança nas
campanhas sendo oferecido.
Pode Deus estar presente nesse tipo de culto, onde o povo,
juntamente com seus lideres tem um único pensamento que é domesticar a Deus, O obrigando a fazer e satisfazer seus desejos carnais? Eu tenho minhas duvidas!
Deus não se faz presente quando os pharmakós bradam dos púlpitos manipulando o
povo e tentando manipular o Criador dos céus e da terra.
Os sussurradores estão nas igrejas, estão nas campanhas, no
rádio ou na televisão; misturando suas poções, fazendo mandingas, criando
rituais, mistificando o sagrado e consagrando o abominável. Eles estão à
espreita para enganar e enfeitiçar aqueles que procuram satisfazer seu amor por
si mesmo.
Conheça o Deus que você serve, porque conhecendo se terá a
revelação que Ele não é empregado de ninguém. Nada pode obrigá-lo a fazer o que
Ele não quer fazer. Sabe por quê? Porque Ele é tão grande que não pode caber na
sua caixinha. Ninguém será inocente
diante de Deus naquele dia. Todos serão indesculpáveis diante Dele, mesmo
aqueles que foram enganados, porque nesse mundo místico não há inocentes, só
culpados.
Portanto, Deus envia
sobre eles plena força da ilusão do maligno, para que confiem em uma fraude
completa e enfrentem o inevitável julgamento de todos os que se recusam a crer
na verdade e têm prazer no mal.
II tessalonicenses.
Soli Deo Gloria
spc
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