A TEOLOGIA PRAGMÁTICA DE CHARLES FINNEY E A S CONSEQUÊNCIAS PARA O EVANGELHO
SILAS PORTELA CARVALHO
O termo Pragmatismo traz a noção de que o significado ou o valor
considerado é determinado por conseqüências práticas. De outra forma, significa
a crença de que se algo funciona ou dá resultados, então deve ser apoiado e
aceito.
O Pragmatismo segundo (MACARTHUR Jr., 2004) tem sua origem na filosofia
de William James que deu nome e molde à nova filosofia e publicou uma coleção
de preleções intitulada Pragmatismo: uma
nova nomenclatura para algumas velhas formas de pensar, e ainda tem suas
raízes no Darwinismo e no Humanismo secular. Trata-se de uma postura filosófica
inerentemente relativista, isto é, rejeita qualquer noção de absolutos – certo
e errado, bem e mal, verdade e erro. Em última análise, o Pragmatismo define a
verdade como aquilo que é útil, significativo e benéfico. As idéias que não
parecem úteis ou relevantes são rejeitadas como sendo falsas.
Segundo Francis Schaeffer citado por Augustus Nicodemus Lopes, o
pragmatismo é um sistema de pensamento que faz das conseqüências práticas de
uma crença o critério supremo da sua verdade. Portanto, a verdade é
caracterizada por aquilo que funciona.
Até esse ponto não há nada de errado com essa nova filosofia, pois em
muitas áreas de nossas vidas, o pragmatismo é essencial, por exemplo, como
descreve (MACARTHUR Jr., 2004): uma torneira que vazava constantemente volta a
funcionar após ter sido substituída. Portanto, aquilo que não funcionava como
deveria teve que ser trocado por algo que realmente funcione. Este é o
pragmatismo em movimento.
O problema do Pragmatismo com respeito ao Evangelho é que, se ao
utilizá-lo para formular juízos acerca do certo e errado e baseá-lo como o
norteador da vida, da Teologia, de missões, do ministério, ele irá, cedo ou
tarde, colidir frontalmente com a Bíblia, como conclui (MACARTHUR Jr., 2004).
Na verdade aquilo que o Pragmatismo mais valoriza são as técnicas, os métodos,
aquilo que pode gerar resultados, então a conclusão é a de que, se algum
principio ou verdade do Evangelho não está gerando um resultado rápido, será
substituído.
As escrituras não têm como base aquilo que funciona ou não funciona, mas
sempre aquilo que é necessário para o ser humano e muitas vezes aquilo que é
necessário não tem resultado rápido, prático ou esperado.
No entanto, a realidade da Igreja atual encontra-se totalmente
desvirtuada do Evangelho de Cristo, e baseada no pragmatismo filosófico
humanista. Hoje, ela está obcecada pelos resultados independentemente dos
métodos que são empregados. E nesses dias a pergunta que mais se ouve nas
igrejas não é se aquilo que faço está de acordo com a Bíblia, mas se realmente
funciona.
É neste contexto que se insere o pensamento de Charles Finney, um avivalista
do século XIX que introduziu na Igreja Protestante doutrinas contestáveis e a
idéia de que o importante é o resultado; o quê resulta em certo tem a aprovação
de Deus. Essa nova maneira de pensar dentro do Cristianismo trouxe uma séria
alteração na noção da cristandade, gerando sérias conseqüências para as novas
gerações.
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