O fascínio pelos resultados
Assim diz o
Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual
é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas; mas
eles dizem: Não andaremos nele. Jer. 6.16
A igreja hoje
caminha rumo a um futuro desastroso. Em alguns anos veremos o resultado de toda
essa nova metodologia que nos foi inculcada como o santo evangelho, metodologia
que direciona a grande parte dos ministérios no mundo. Eu fico pensando se os
discípulos do primeiro século fossem guiados por esse método, o que
aconteceria? Na verdade os expoentes dessa nova visão de ministério dirão que
eles estavam debaixo dessa metodologia. Mas eles estão muito longe da verdade
se pensam que a igreja primitiva era fascinada por resultados.
Eles labutavam
para que a igreja crescesse. Havia um grande trabalho em plantar e regar, mais
o crescimento eram um trabalho que só vinha de Deus, fato que os discípulos sabiam
muito bem. Era Deus quem acrescentava os números de salvos à igreja, não
esforços humanos em campanhas evangelísticas, onde induzidos por músicas,
pregação emocionalista, apelação a conversão, os perdidos levantam suas mãos e
caminham à frente para sua própria perdição.
Tornamo-nos
escravos de um método escravizador e assassino. Ele oprime e nos distância dos
desígnios de Deus, e logo mata a igreja que assim segue esse caminho. Olhe a
história, ela te contará o fim de igrejas que começaram pelo Espírito e
terminaram pela carne. Tiveram seu inicio no agir de Deus que fazia a igreja
crescer debaixo de uma confiança na simplicidade e na pura pregação do
evangelho, e como padeceram quando métodos humanos de evangelismo e avivamentos
adentraram os círculos, antes bíblicos, mas agora modernistas.
A igreja que
se adéqua a modernidade menosprezando as antigas doutrinas da graça, do
evangelismo e do avivamento, não cresce, antes incha, e logo, como um corpo em
decomposição, explodirá em detritos podres. Essa é uma triste realidade para
aqueles que conhecem a vontade de Deus para sua igreja. Realidade que caminha
para destruição se não fosse pela misericórdia do Senhor em guardar seus
remanescentes. Graças a Ele que predestinou à igreja verdadeira para Cristo, e
o Espírito Santo com todo o seu cuidado e zelo, está preparando uma noiva
gloriosa, não uma prostituta que mostra as suas vergonhas por qualquer assédio
do modernismo de nossos dias.
Nós não
precisamos de caminhos modernos, o que precisamos é do velho caminho, aquele
que é antiquado mais gera verdadeiros discípulos. Aquele caminho antigo que
lança a sua semente em boa terra, e não espalha o evangelho, baseado no livre
arbítrio humano, em solo pedregoso, a beira do caminho ou entre espinhos.
Precisamos do evangelho da graça, pregado e vivido em sua pureza. Precisamos
basear nosso ministério nos cinco solas, nas confissões históricas, nos cinco
pontos dos calvinistas, que extraíram suas doutrinas das páginas da bíblia e da
sua fiel interpretação.
Por que caminhamos
da forma destrutiva que caminhamos? É culpa de Agostinho, Lutero, Calvino, os
Puritanos ou Spurgeon? Creio firmemente em meu coração, que se a igreja ainda
estivesse firmada na doutrina que esses gigantes da fé, esquecidos e odiados,
criam e pregava, a situação da igreja seria outra. Por que estamos como
estamos? Não seria por termos nos distanciado dessas doutrinas centrais,
colocando no lugar um arminianismo ralo que nem se iguala, pelo menos, a escola
de Wesley, mas muito mais, como Fineyanos, implantam uma nova metodologia
impregnada do secularismo, mundanismo e heresias.
Seria essa
volta hoje, principalmente dos jovens, para as antigas veredas, um mal para a
igreja? Muitos moderninhos estão achando que sim. Estão com suas orelhas em pé,
alarmados com a ação de Deus nesses últimos dias para com seu remanescente na
terra. Que Ele levante mais Spurgeons, Lloyd-Jones e Edwards nesses dias. A
igreja precisa voltar aos caminhos antigos, e tomara que seja em meus dias e
que eu seja um deles, um fiel ministro do evangelho que luta pela verdade para
que a heresia de minha mocidade não se torne ortodoxia na minha velhice.
Soli Deo Gloria
Silas Carvalho
Soli Deo Gloria
Silas Carvalho